Acompanhando as mobilizações que aconteceram por todo o Brasil, no Dia Nacional de Mobilização pela Revogação do Novo Ensino Médio (Lei 13.415/2017), o SINTEPP Subsede de Marabá realizou nesta quarta-feira, dia 15/03, uma reunião com professores da rede estadual de ensino lotados nessa municipalidade para debater as estratégias a serem desenvolvidas para fortalecer esse movimento aqui em Marabá.
Inicialmente, havia sido programado um grande Ato Público Unificado em conjunto com servidores da rede municipal de ensino. Esse evento estava marcado para acontecer na secretaria municipal de ensino de Marabá, a partir das 8:30 horas. No entanto, o forte temporal que abalou nossa cidade impediu que isso acontecesse.
A reunião organizativa aconteceu no auditório da E.E.E.M. Plínio Pinheiro, na Velha Marabá, e contou com a presença de membros da coordenação da subsede, professores da rede estadual e representantes das Brigadas Popular.
Durante o evento, deliberou-se pela realização de um Seminário Municipal com o objetivo de se debater a revogação do NEM, com local e data ainda a serem deliberadas pela coordenação da subsede. Nesse seminário, o sindicato pretende reunir pais, alunos, professores, movimentos sociais e demais interessados nessa temática. Para que isso aconteça, é preciso intensificar o debate nas escolas, aumentar as manifestações nas ruas e a mobilização dos trabalhadores.
Entendemos que o Novo Ensino Médio traz muitos prejuízos, principalmente, para os alunos das escolas públicas. Uma das mazelas está na escolha que os alunos devem fazer dentre os mal esclarecidos "itinerários", precariamente ofertados nas escolas.
Em 2017, vendeu-se a falsa ideia de que os alunos poderiam escolher o que quisessem estudar. Uma grande mentira, pois mesmo que eles saibam escolher, na maioria das vezes a escola não poderá ofertar, já que temos um tal Novo Médio com velhos problemas: falta de estruturas nas escolas, falta de professores para disciplinas fundamentais para a formação do aluno, dentre outros.
ENTENDENDO A CONJUNTURA NACIONAL
O tempo é pouco para revertermos essa situação, no entanto ainda muito podemos fazer. Por isso, precisamos ter clareza da situação atual na conjuntura nacional. Vejamos:
- Diante da pressão exercida pelos sindicatos de base, a CNTE (Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação) entregou ao presidente da república uma proposta de revogação do NEM, no dia 07 de março.
- No dia 09 de março, o Ministro da Educação, Camilo Santana, publicou uma portaria, que segundo ele tem o objetivo de "estabelecer o diálogo democrático". Ele pretende "ouvir" a sociedade por meio de uma "consulta pública" sobre o tema.
- É preciso tomarmos cuidado com essa "consulta pública", pois parece mais um "jabuti" em cima de uma árvore. Ela será toda virtual, comandada pelo MEC, tem o prazo de 90 dias, podendo ser prorrogada por mais 90 dias.
- Se a maioria das pessoas "consultadas" forem a favor do NEM, não haverá revogação.
- O próprio prazo de 90 dias, já parece uma estratégia de querer "empurrar com a barriga"; pois, no fim desse prazo já terá ido o primeiro semestre.
- Se for prorrogada por mais 90 dias, vamos para o segundo semestre.
- No próximo final de semana, estará acontecendo a Plenária Intercongressual da CNTE, em Brasília, esse evento é muito importante para os rumos do movimento de revogação do NEM uma vez que essa confederação tem sua base na CUT, central sindical ligada ao PT. A Intersindical, central na qual o SINTEPP tem dirigentes, participará dessa Plenária.
- Temos um prazo de 50 a 60 dias para fazer o que pudermos, juntarmos todos os esforços para por fim a essa reforma que precariza ainda mais o Ensino Médio e só traz prejuízos aos nossos alunos, filhos da classe trabalhadora.
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