Companheiros diretores de escolas que participaram da reunião convocada pelo secretário de educação, com a presença do prefeito João Salame, me ligaram ou procuraram o blogger diretamente para expressar profunda indignação com o teor da reunião que aconteceu na tarde da última sexta-feira, dia 28/03.
Como estratégia para que todos os diretores comparecessem, o secretário, Luís Bressan, falseou a pauta da reunião como se fosse tratar de assuntos inerentes a administração das escolas; no entanto a conversa foi bem diferente. Foi tudo no tom da "sugesta". Bressan, perdido como sempre nos assuntos educacionais, vagueou por vários assuntos sem mostrar firmeza em nada do que fala. Sobre a falta de merenda escolar para os mais de 54 mil alunos da rede, o secretário deu aquela velha e desgastada desculpa de que teve problemas com o fornecedor, mas que providências foram tomadas e a situação vai se normalizar. Coisa que já estamos ouvindo há quase ano e meio.
Com o chefe do executivo municipal a conversa ganhou tom de ameaça "Se houver greve, faremos nossa jogada. Haverá processos e demissões", ameaçou o prefeito. Salame tenta convencer a qualquer custo a categoria a ficar contra o Sintepp, alegando ser a greve que marcou o início desse ano uma "jogada política" dos coordenadores sindicais. Porém, a cada tiro que o prefeito dá contra o sindicato, acaba acertando o próprio pé, pois só aumenta a indignação da categoria contra esse prefeito que se elegeu graças ao amplo apoio dos servidores que agora sofrem ameaças vindas do paço municipal.
A coordenação do Sintepp sente-se tranquila em dizer a sua categoria que sempre agimos e sempre agiremos com firmeza na defesa daquilo que essa categoria conquistou. Independente da opinião do prefeito, seja ele quem for, seja em que momento estivermos, o Sintepp lutará em defesa dos trabalhadores em educação nesse município. Não queremos de forma alguma partir para mais uma greve, todavia faremos se preciso for, tendo a certeza do suficiente esclarecimento e consciência dos companheiros para apoiar esse sindicato em mais um embate, caso o senhor João Salame Neto, prefeito de Marabá, não cumpra, a tempo, com o que foi acordado na reunião que suspendeu a greve municipal iniciada no mês de fevereiro.