O site da revista Health listou as 10 profissões que são mais
propensas que seus profissionais tenham depressão, ocasionada por
estilos de vida incomuns e estressantes. Para a a conselheira de saúde
mental e PhD, Deborah Legge, há certos aspectos que apontam que qualquer
trabalho pode contribuir para exacerbar a depressão. “Porém, pessoas
que trabalham com cobranças e tensão têm maiores chances de desenvolver a
doença do que, por exemplo, pessoas que trabalham com gestão. Às vezes,
os profissionais não se dão conta que estão doentes e que precisam de
ajuda”, disse Legge.
Você ficou na dúvida se sua profissão está na lista? Confira abaixo as 10 carreiras que precisam de atenção:
Enfermeiras e cuidadoras de crianças
Esse grupo
de profissionais está no topo da lista, com quase 11% que enfrentam a
doença. Um dia típico pode incluir alimentação, banho e cuidar de
pessoas que são incapazes de expressar gratidão e apreciação, "pois,
eles estão muito doentes e muito pequenos para isso. Ou simplesmente não
têm esse hábito”, revela o psicólogo clínico da Tufts University, Christopher Willard. “É estressante ver as pessoas doentes e não conseguir motivá-las positivamente”.
Garçons
Muitos garçons têm salários baixos e
enfrentam jornadas de trabalho cansativas, tendo de lidar com inúmeras
pessoas mal-educadas e briguentas. Enquanto 10% destes profissionais que
enfrentam depressão a mais que no ano anterior, quase 15% são mulheres.
“Muitas vezes, esse trabalho é ingrato. As pessoas podem ser rudes e há
grande esforço físico diário. Quando as pessoas estão deprimidas, é
difícil ter energia e motivação”, ressalta Legge.
Assistentes sociais
Não é surpresa constatar que
os assistentes sociais estão entre os cargos com maiores chances de
depressão. Lidar com crianças vítimas de abuso ou abandono e famílias à
beira de inimagináveis crises e combinar essas situação com muita
burocracia pode deixar qualquer profissional estressado.
“É errado cultivar uma cultura que dita sacrifícios emocionais em pró
de um bom trabalho”, diz Willard. Isso se aplica, principalmente, com
os assistentes sociais, que trabalam com pessoas carentes e se sentem
presos ao próprio trabalho, por achar que não estão dando o máximo de
si. É uma pressão muito grande atribuir ao seu trabalho sentimentos como
tristeza, dor, felicidade, culpa.
Profissionais da saúde
Médicos, enfermeiros,
terapeutas, fisioterapêutas e outros profissionais da área da saúde.
Essas carreiras exigem longas e cansativas horas de trabalho e nos mais
improváveis horários, tudo com muita atenção e cuidado. Além de atingir o
físico, esses profissionais estão constantemente colocados em situações
extremamente emotivas, em que vidas de outras pessoas estão em suas
mãos, literalmente.
Em outras palavras, o estresse e a pressão sempre desafiará seu bem
estar. “Todos os dias eles estão lado a lado com doenças, traumas e
mortes, além de lidar com membros da família dos pacientes. Isso pode
gerar uma triste perspectiva, que todo o mundo é assim”, lembra Willard.
Artistas e escritores
Essas carreiras podem
trazer contracheques irregulares, horas incertas e isolamento. Muitos
diriam que pessoas criativas são menos tristes, mas pense se as mesmas
não conseguem ter inspiração? De acordo com a publicação, houve um
aumento de 9% dos profissionais da área que relataram problemas com
depressão, em relação ao ano passado. “O que mais eu vejo é
bipolariedade entre os artistas. A depressão é comum para aqueles que
trabalham com artes, pois seu estilo de vida contribui para isso”,
afirma Legge.
Professores
Muitos professores trabalham em mais
de uma ou duas escolas e ainda levam trabalho para casa. Em outras
situações, eles aprendem a fazer muito com pouco recurso e tempo. “Há
pressão para dar um bom ensino as crianças. Seus pais e escolas cobram
do professor o cumprimento de normas e de demandas diferentes”,
considera Willard. Para ele, as constantes cobranças podem fazer os
profissionais esquecerem da razão de ter escolhido a área.
Profissionais de apoio administrativo
Pessoas
dessas áreas, que incluem secretárias e atendentes, sofrem de um caso
clássico: alta demanda, baixo comando. Eles estão na linha de frente,
recebendo ordens de todas as direções, tanto dos clientes quanto dos
patrões. Ainda, são normalmente mal-remunerados e se sentem inferiores
por não ter poder para fazer além. Antes de duvidar do estresse causado
por essa carreira, conte quantas vezes você já ouviu de algum atendente
ou secretária a frase “isto não está ao meu alcance. Poderei lhe
encaminhar para o gerente, aguarde”.
Além disso, não são reconhecidos por seu trabalho e ainda precisam
contornar educadamente qualquer crise de seus patrões ou consumidores.
Profissionais de manutenção
Como iria se sentir
caso apenas fosse procurado quando algo der errado? Isso é
essencialmente o “ganha-pão” dos profissionais de manutenção, como
encanadores, pintores, eletricistas, entre outros. Eles também têm de
trabalhar horas incomuns, pois para atender a demanda, precisam ser
rápidos e acessíveis, senão perdem para a concorrência.
Ainda, ganham pouco e fazer trabalhos cansativos. “Em termos de
colegas de trabalho, eles são isolados, e isso pode ser um trabalho um
tanto solitário”, pontua Willard.
Consultores financeiros e contabilistas
A frase
“tempo é dinheiro” se coloca perfeitamente na situação. A maioria das
pessoas não gostam de lidar com seus próprias finanças, então imagine
lidar com milhares ou até milhões de outras pessoas? “Há grande
responsabilidade em cuidar de finanças que não são suas e, ainda por
cima, o profissional não tem controle do mercado. Nem sempre é sua
culpa, mas mesmo assim, os clientes perdem dinheiro e eles provavelmente
tirarão satisfações tão pouco educadas com esses profissionais”,
ressalta Legge. (FONTE: YAHOO)