quarta-feira, 11 de junho de 2025

INFORMATIVO – FÉRIAS DE JULHO




Nesta quarta-feira, 11 de junho de 2025, o SINTEPP – Subsede Marabá participou de reunião com a SEMED e o DRH para tratar da organização das férias dos servidores da educação no mês de julho.

A Secretaria informou que, conforme o Regime Jurídico Único (RJU), terão direito a 30 dias de férias em julho os servidores que já completaram 12 meses de efetivo exercício.

Para os que ainda não completaram o período aquisitivo de um ano, será exigido o cumprimento de jornada na escola, com flexibilização quanto ao total de dias a serem trabalhados, permitindo, por exemplo, o gozo parcial de alguns dias de férias no mês de julho. No entanto, esses servidores ainda não têm direito ao recebimento do terço de férias, pois já dito acima, não completaram o período aquisitivo de 12 meses trabalhados para ter direito a férias. 

A SEMED realizará uma live com os gestores nesta quinta-feira (12/06) para reforçar as orientações já repassadas ao sindicato. 

Da nossa parte fizemos o possível para convencer a atual gestão de que na prática,  em todas as gestões anteriores, os recém concursados e temporários,  apesar de não receber as férias,  não eram obrigados a cumprir horário,  até porque a atividade fim do professor é ministrar aulas,  e em julho são férias escolares. 

Nosso próximo passo, é tentar conversar e convecer o chefe do poder executivo a mudar de ideia.  

Entendemos que, nos termos da Lei, de fato a SEMED está respaldada,  mas também entendemos que para o bom-senso administrativo não há qualquer ganho para a administração exigir esse cumprimento de horário na escola, já que não teremos alunos. Seguiremos firmes na defesa dos direitos de nossa categoria e por uma educação pública e de qualidade.

terça-feira, 27 de maio de 2025

AUMENTO NÃO, FALTA SIM

SOMOS A RESISTÊNCIA!!!


A prefeitura municipal de Marabá anunciou para a próxima sexta-feria, dia 30/05, o pagamento dos servidores municipais. O que normalmente é comemorado pelos trabalhadores, no entanto, dessa vez, para os servidores da educação o anúncio tem um sabor amargo de desconto. O mísero aumento de 5,5% do piso salarial do magistério prometido não veio, mas as faltas pela luta legítima da classe trabalhadora, essas, vieram, e com grande alarde do prefeito nas redes sociais.

Numa primeira análise, é importante destacar que a extrema direita, a qual o prefeito de Marabá se alinha, tem um projeto para educação: expoliar para privatizar, ou seja, deixar o serviço público tão precarizado, para justificar a sua militarização e/ou a sua entrega ao capital financeiro. 

Como exemplo dessa política nefasta, pode-se citar o estado de São Paulo, unidade federativa mais rica do Brasil, antagonicamente, com o professorado recebendo um dos piores salários do país, senão o pior. Lembrem-se de que esse estado é um dos mais bolsonaristas, governado por um bolsonarista de extrema-direita. Portanto, não há de se esperar figos desse abrolho plantado aqui na prefeitura, pois é fruto da mesma semente.

No que diz respeito ao aumento do piso salarial de 5,5%, decidido unilateralmente pelo prefeito, estranhamente não teve o Projeto de Lei enviado a tempo para a aprovação da Câmara Legistiva, por isso não virá nesse pagamento referente ao mês de maio. Isso soa com um gesto punitivo, pois as faltas vieram. 

Sobre a forma de cálculo dos descontos das faltas dos servidores que aderiram à greve, o que ficou claro é que a prefeitura está descontando 3 dias de greve. Nesse entendimento, para saber se os descontos condizem com o que foi efetivado no contra-cheque, uma forma bem simples é: dividir o valor do salário bruto pela carga-horária do professor, para se chegar ao valor da hora-aula, em seguida, multiplica o valor da hora-aula pela quantidade de aulas que o professor teria nos dias parados, independente de ser professor regente ou coordenador pedagógico, ou orientador escolar.

Estava sobre a mesa do prefeito a possibilidade de não descontar, conforme orientação da própria Procuradoria Geral do Município, PROGEM; mas, optou pelo desconto para mostrar quem manda.

Sabemos que por trás dessa atitude de enfrentamento nada velada do governo, está a intenção de desmoralizar o sindicato que mais fez enfrentamentos aos gestores em toda a história do município. Isso, pois, desmoralizando o sindicato, desmobiliza-se a sua base, como consequência disso "abre-se a porteira" para toda ordem de repressão e retirada de direitos.

Por outro lado, o SINTEPP avalia que a tresloucada atitudo do atual gestor, prometendo e não cumprimdo, poderá ter um efeito reverso ao que ele espera. Se ele considera a possibilidade da coordenação sindical recuar e se calar, deixando de mobilizar a sua base, é porque ele desconhece os mais de 40 anos de historia de SINTEPP. 

Nenhum governo vai nos intimidar! Não recuaremos da luta!

"O SINTEPP somos nós, nossa força, nossa voz!"






quarta-feira, 21 de maio de 2025

INFORMATIVO SOBRE REUNIÃO DE NEGOCIAÇÃO COM A SEMED EM 20/05/25

 



O Sindicato das Trabalhadoras e dos Trabalhadores em Educação Pública do Pará, SINTEPP – Subsede Marabá, cumprindo sua função institucional de representação da sua base de servidores, tem buscado insistentemente dialogar com o gestor municipal e seus representantes, a fim de avançar nas pautas da educação. 

Nesse sentido, informamos que no dia 20 de maio ocorreu uma reunião entre o SINTEPP e a  Secretaria Municipal de Educação de Marabá (SEMED), durante a qual o secretario municipal de educação, apresentou o que o governo decidiu. Assim, apresentamos a seguir ponto a ponto o que foi encaminhado pelo governo:

 

1. REPOSIÇÃO DOS DIAS LETIVOS DA GREVE: a SEMED apresentou proposta de reposição dos 3 dias paralisados da greve com duas possibilidades:

 

Opção 1:

 

20 de junho (sexta-feira após o feriado);

Um sábado de junho, vinculado à festa junina (a ser definido por cada escola);

• 1º de julho.

• Retorno às aulas em 4 de agosto.

                                              

Opção 2:

 

• Reposição nos dias 1, 2 e 3 de julho.

• Retorno às aulas também em 4 de agosto.

 

Nesse ponto, o governo prevê a devolução dos valores descontados até o final de julho, podendo haver antecipação para o final de junho, dependendo de definição do prefeito.

IMPORTANTE: O SINTEPP destacou que, conforme deliberado na Assembleia Geral do dia 16 de maio, a categoria que se fez presente, se manifestou que não aceitará fazer a reposição caso ocorra o desconto dos dias. O secretário informou que, nesses casos, caberá à gestão escolar informar à SEMED e não haverá devolução do valor. A secretaria adotará as medidas administrativas cabíveis.

 

2. RETROATIVO DOS 5,5% (Janeiro a Abril)

 

O governo informou que não irá pagar o retroativo referente ao reajuste de 5,5% dos meses de janeiro a abril de 2025. A justificativa é de que se trata de um reajuste geral (não vinculado ao piso nacional) e que considera o mês de maio com data-base.

Importante destacar que, os projetos de lei que tratam do reajuste do vale-alimentação e dos salários dos servidores da educação foram encaminhados pelo governo municipal à Câmara de Vereadores no dia 19 de maio. 

O projeto que se refere ao reajuste salarial prevê 7% de reajuste para os cargos de nível médio e 5,5% para os cargos de nível superior, incluindo o magistério. A previsão é de que o reajuste só será consolidado no pagamento do salário no final de junho, com efeito retroativo ao mês de maio.

O SINTEPP destaca, contudo, que pela legislação vigente, o vale-alimentação deveria ter retroatividade a janeiro, assim como os 5,5% do magistério, cuja data-base é janeiro (piso nacional do magistério). Apenas os 7% de reajuste para o nível médio correspondem corretamente à data-base de maio.

 

3. POSSIBILIDADE DE NOVO REAJUSTE A PARTIR DE OUTUBRO

 A SEMED se comprometeu a agendar uma nova reunião para o início de outubro, após a publicação da Portaria Interministerial do governo federal que atualiza os repasses do Fundeb. A portaria Interministerial, geralmente é publicada no final do mês de setembro. Nessa ocasião, será avaliada a possibilidade de concessão de um novo reajuste salarial à categoria do magistério, desde que haja aumento significativo na receita do Fundeb.

Sobre esse ponto, o governo municipal, contrariando todas as estimativas positivas, entende que:

 • Não há garantia de reajuste, mas haverá abertura para discutir um novo percentual;

• Caso, haja um possível reajuste, a proposta não incluirá pagamento retroativo;

• O objetivo seria buscar minimizar a desfasagem do piso do magistério reivindicada pela categoria, considerando ainda que o reajuste de 5,5% concedido em maio ainda deixou o município 0,77% abaixo dos 6,27% definidos nacionalmente para ao no de 2025.

 

4. RETROATIVO DO VALE-ALIMENTAÇÃO

 

A SEMED informou que solicitará parecer jurídico à PROGEM para avaliar a legalidade do pagamento retroativo da diferença do vale-alimentação, considerando que a nova legislação entrou em vigor em janeiro. O tema será levado ao prefeito.

 

5. PROGRESSÃO VERTICAL – CORREÇÃO DAS PORTARIAS

 

O governo municipal informou que irá realizar o levantamento dos casos de professores que requereram mudança de nível médio para superior antes da reformulação do PCCR (em 8 de junho de 2017), a fim de identificar quais portarias precisam de correção. Segundo ele, após esse levantamento, será feito o cálculo do impacto financeiro e o processo será encaminhado à PROGEM para emissão de parecer jurídico, com base no Acórdão nº 46.884, Processo nº 202031362-00 de 09/06/2020, publicado em 31/03/2025, na edição nº 1.920 do DOE TCMPA (disponível em http://tcm.ioepa.com.br/busca/).

Ainda a esse respeito, a Semed considerou que, caso o parecer da PROGEM seja favorável, não haverá objeção por parte do gestor municipal em avançar na efetivação/resolução desta pauta.

 

6. CONCESSÃO DE PROGRESSÃO VERTICAL (MUDANÇA DE NÍVEL MÉDIO PARA O NÍVEL SUPERIOR) COM REVISÃO DE APOSENTADORIAS DE PROFESSORES QUE SE APOSENTARAM CO9MO NÍVEL MÉDIO

 

Em relação às professoras que se aposentaram como nível médio, mesmo tendo direito à progressão para o nível superior antes da reforma do PCCR, o governo também se comprometeu a realizar levantamento dos casos, calcular o impacto financeiro com efeito retroativo e encaminhar a demanda à PROGEM para elaborar o parecer jurídico levando em consideração o Acórdão nº 46.884, Processo nº 202031362-00, mencionado acima. Caso a PROGEM reconheça a legalidade das progressões, a expectativa é de que o gestor municipal não apresente resistência para viabilizar a atualização dos vencimentos e o devido reenquadramento junto ao IPASEMAR, incluindo o pagamento dos valores retroativos.

 7. HORA-ATIVIDADE

 Sobre esse ponto em específico, a SEMED informou que está realizando estudos de impacto financeiro e  viabilidade da implementação da hora-atividade, acrescentou ainda que é interesse do governo poder avançar nesta pauta.

 

8. VALE-ALIMENTAÇÃO E ORÇAMENTO DA EDUCAÇÃO

 O SINTEPP reiterou que o vale-alimentação dos servidores da educação deve ser pago com recursos próprios do município, fora do orçamento da educação (25% constitucionais + Fundeb). O objetivo é preservar esses recursos para salários, valorização profissional e estrutura pedagógica. O secretário afirmou que levará o tema ao prefeito e ao secretário de planejamento. O Conselho do Fundeb também defende essa medida.

 

9. PRECATÓRIOS DO FUNDEF

 O secretário informou que o prefeito está em Brasília também para buscar as tratativas que viabilizem a retirada do embargo judicial impetrado pela gestão anterior, que contribui para dificultar a liberação do recurso dos precatórios do Fundef. A expectativa é de que, com a retirada do embargo, o município consiga acessar os recursos e viabilizar o rateio com os trabalhadores.

 

SINTEPP – Subsede Marabá

Na luta pela valorização das trabalhadoras e dos trabalhadores e pelo direito à educação pública de qualidade!