terça-feira, 27 de maio de 2025

AUMENTO NÃO, FALTA SIM

SOMOS A RESISTÊNCIA!!!


A prefeitura municipal de Marabá anunciou para a próxima sexta-feria, dia 30/05, o pagamento dos servidores municipais. O que normalmente é comemorado pelos trabalhadores, no entanto, dessa vez, para os servidores da educação o anúncio tem um sabor amargo de desconto. O mísero aumento de 5,5% do piso salarial do magistério prometido não veio, mas as faltas pela luta legítima da classe trabalhadora, essas, vieram, e com grande alarde do prefeito nas redes sociais.

Numa primeira análise, é importante destacar que a extrema direita, a qual o prefeito de Marabá se alinha, tem um projeto para educação: expoliar para privatizar, ou seja, deixar o serviço público tão precarizado, para justificar a sua militarização e/ou a sua entrega ao capital financeiro. 

Como exemplo dessa política nefasta, pode-se citar o estado de São Paulo, unidade federativa mais rica do Brasil, antagonicamente, com o professorado recebendo um dos piores salários do país, senão o pior. Lembrem-se de que esse estado é um dos mais bolsonaristas, governado por um bolsonarista de extrema-direita. Portanto, não há de se esperar figos desse abrolho plantado aqui na prefeitura, pois é fruto da mesma semente.

No que diz respeito ao aumento do piso salarial de 5,5%, decidido unilateralmente pelo prefeito, estranhamente não teve o Projeto de Lei enviado a tempo para a aprovação da Câmara Legistiva, por isso não virá nesse pagamento referente ao mês de maio. Isso soa com um gesto punitivo, pois as faltas vieram. 

Sobre a forma de cálculo dos descontos das faltas dos servidores que aderiram à greve, o que ficou claro é que a prefeitura está descontando 3 dias de greve. Nesse entendimento, para saber se os descontos condizem com o que foi efetivado no contra-cheque, uma forma bem simples é: dividir o valor do salário bruto pela carga-horária do professor, para se chegar ao valor da hora-aula, em seguida, multiplica o valor da hora-aula pela quantidade de aulas que o professor teria nos dias parados, independente de ser professor regente ou coordenador pedagógico, ou orientador escolar.

Estava sobre a mesa do prefeito a possibilidade de não descontar, conforme orientação da própria Procuradoria Geral do Município, PROGEM; mas, optou pelo desconto para mostrar quem manda.

Sabemos que por trás dessa atitude de enfrentamento nada velada do governo, está a intenção de desmoralizar o sindicato que mais fez enfrentamentos aos gestores em toda a história do município. Isso, pois, desmoralizando o sindicato, desmobiliza-se a sua base, como consequência disso "abre-se a porteira" para toda ordem de repressão e retirada de direitos.

Por outro lado, o SINTEPP avalia que a tresloucada atitudo do atual gestor, prometendo e não cumprimdo, poderá ter um efeito reverso ao que ele espera. Se ele considera a possibilidade da coordenação sindical recuar e se calar, deixando de mobilizar a sua base, é porque ele desconhece os mais de 40 anos de historia de SINTEPP. 

Nenhum governo vai nos intimidar! Não recuaremos da luta!

"O SINTEPP somos nós, nossa força, nossa voz!"






quarta-feira, 21 de maio de 2025

INFORMATIVO SOBRE REUNIÃO DE NEGOCIAÇÃO COM A SEMED EM 20/05/25

 



O Sindicato das Trabalhadoras e dos Trabalhadores em Educação Pública do Pará, SINTEPP – Subsede Marabá, cumprindo sua função institucional de representação da sua base de servidores, tem buscado insistentemente dialogar com o gestor municipal e seus representantes, a fim de avançar nas pautas da educação. 

Nesse sentido, informamos que no dia 20 de maio ocorreu uma reunião entre o SINTEPP e a  Secretaria Municipal de Educação de Marabá (SEMED), durante a qual o secretario municipal de educação, apresentou o que o governo decidiu. Assim, apresentamos a seguir ponto a ponto o que foi encaminhado pelo governo:

 

1. REPOSIÇÃO DOS DIAS LETIVOS DA GREVE: a SEMED apresentou proposta de reposição dos 3 dias paralisados da greve com duas possibilidades:

 

Opção 1:

 

20 de junho (sexta-feira após o feriado);

Um sábado de junho, vinculado à festa junina (a ser definido por cada escola);

• 1º de julho.

• Retorno às aulas em 4 de agosto.

                                              

Opção 2:

 

• Reposição nos dias 1, 2 e 3 de julho.

• Retorno às aulas também em 4 de agosto.

 

Nesse ponto, o governo prevê a devolução dos valores descontados até o final de julho, podendo haver antecipação para o final de junho, dependendo de definição do prefeito.

IMPORTANTE: O SINTEPP destacou que, conforme deliberado na Assembleia Geral do dia 16 de maio, a categoria que se fez presente, se manifestou que não aceitará fazer a reposição caso ocorra o desconto dos dias. O secretário informou que, nesses casos, caberá à gestão escolar informar à SEMED e não haverá devolução do valor. A secretaria adotará as medidas administrativas cabíveis.

 

2. RETROATIVO DOS 5,5% (Janeiro a Abril)

 

O governo informou que não irá pagar o retroativo referente ao reajuste de 5,5% dos meses de janeiro a abril de 2025. A justificativa é de que se trata de um reajuste geral (não vinculado ao piso nacional) e que considera o mês de maio com data-base.

Importante destacar que, os projetos de lei que tratam do reajuste do vale-alimentação e dos salários dos servidores da educação foram encaminhados pelo governo municipal à Câmara de Vereadores no dia 19 de maio. 

O projeto que se refere ao reajuste salarial prevê 7% de reajuste para os cargos de nível médio e 5,5% para os cargos de nível superior, incluindo o magistério. A previsão é de que o reajuste só será consolidado no pagamento do salário no final de junho, com efeito retroativo ao mês de maio.

O SINTEPP destaca, contudo, que pela legislação vigente, o vale-alimentação deveria ter retroatividade a janeiro, assim como os 5,5% do magistério, cuja data-base é janeiro (piso nacional do magistério). Apenas os 7% de reajuste para o nível médio correspondem corretamente à data-base de maio.

 

3. POSSIBILIDADE DE NOVO REAJUSTE A PARTIR DE OUTUBRO

 A SEMED se comprometeu a agendar uma nova reunião para o início de outubro, após a publicação da Portaria Interministerial do governo federal que atualiza os repasses do Fundeb. A portaria Interministerial, geralmente é publicada no final do mês de setembro. Nessa ocasião, será avaliada a possibilidade de concessão de um novo reajuste salarial à categoria do magistério, desde que haja aumento significativo na receita do Fundeb.

Sobre esse ponto, o governo municipal, contrariando todas as estimativas positivas, entende que:

 • Não há garantia de reajuste, mas haverá abertura para discutir um novo percentual;

• Caso, haja um possível reajuste, a proposta não incluirá pagamento retroativo;

• O objetivo seria buscar minimizar a desfasagem do piso do magistério reivindicada pela categoria, considerando ainda que o reajuste de 5,5% concedido em maio ainda deixou o município 0,77% abaixo dos 6,27% definidos nacionalmente para ao no de 2025.

 

4. RETROATIVO DO VALE-ALIMENTAÇÃO

 

A SEMED informou que solicitará parecer jurídico à PROGEM para avaliar a legalidade do pagamento retroativo da diferença do vale-alimentação, considerando que a nova legislação entrou em vigor em janeiro. O tema será levado ao prefeito.

 

5. PROGRESSÃO VERTICAL – CORREÇÃO DAS PORTARIAS

 

O governo municipal informou que irá realizar o levantamento dos casos de professores que requereram mudança de nível médio para superior antes da reformulação do PCCR (em 8 de junho de 2017), a fim de identificar quais portarias precisam de correção. Segundo ele, após esse levantamento, será feito o cálculo do impacto financeiro e o processo será encaminhado à PROGEM para emissão de parecer jurídico, com base no Acórdão nº 46.884, Processo nº 202031362-00 de 09/06/2020, publicado em 31/03/2025, na edição nº 1.920 do DOE TCMPA (disponível em http://tcm.ioepa.com.br/busca/).

Ainda a esse respeito, a Semed considerou que, caso o parecer da PROGEM seja favorável, não haverá objeção por parte do gestor municipal em avançar na efetivação/resolução desta pauta.

 

6. CONCESSÃO DE PROGRESSÃO VERTICAL (MUDANÇA DE NÍVEL MÉDIO PARA O NÍVEL SUPERIOR) COM REVISÃO DE APOSENTADORIAS DE PROFESSORES QUE SE APOSENTARAM CO9MO NÍVEL MÉDIO

 

Em relação às professoras que se aposentaram como nível médio, mesmo tendo direito à progressão para o nível superior antes da reforma do PCCR, o governo também se comprometeu a realizar levantamento dos casos, calcular o impacto financeiro com efeito retroativo e encaminhar a demanda à PROGEM para elaborar o parecer jurídico levando em consideração o Acórdão nº 46.884, Processo nº 202031362-00, mencionado acima. Caso a PROGEM reconheça a legalidade das progressões, a expectativa é de que o gestor municipal não apresente resistência para viabilizar a atualização dos vencimentos e o devido reenquadramento junto ao IPASEMAR, incluindo o pagamento dos valores retroativos.

 7. HORA-ATIVIDADE

 Sobre esse ponto em específico, a SEMED informou que está realizando estudos de impacto financeiro e  viabilidade da implementação da hora-atividade, acrescentou ainda que é interesse do governo poder avançar nesta pauta.

 

8. VALE-ALIMENTAÇÃO E ORÇAMENTO DA EDUCAÇÃO

 O SINTEPP reiterou que o vale-alimentação dos servidores da educação deve ser pago com recursos próprios do município, fora do orçamento da educação (25% constitucionais + Fundeb). O objetivo é preservar esses recursos para salários, valorização profissional e estrutura pedagógica. O secretário afirmou que levará o tema ao prefeito e ao secretário de planejamento. O Conselho do Fundeb também defende essa medida.

 

9. PRECATÓRIOS DO FUNDEF

 O secretário informou que o prefeito está em Brasília também para buscar as tratativas que viabilizem a retirada do embargo judicial impetrado pela gestão anterior, que contribui para dificultar a liberação do recurso dos precatórios do Fundef. A expectativa é de que, com a retirada do embargo, o município consiga acessar os recursos e viabilizar o rateio com os trabalhadores.

 

SINTEPP – Subsede Marabá

Na luta pela valorização das trabalhadoras e dos trabalhadores e pelo direito à educação pública de qualidade!





terça-feira, 13 de maio de 2025

NOTA DE PESAR – PROFESSOR LUIZ GONZAGA FREITAS FILHO

prof. Luiz Gonzaga Freitas Filho

 


É com profundo pesar que o Sindicato das Trabalhadoras e dos Trabalhadores em Educação Pública do Estado do Pará – SINTEPP, Subsede Marabá – comunica o falecimento do professor Luiz Gonzaga Freitas Filho, ocorrido na madrugada desta segunda-feira, 13 de maio.



Professor Luiz construiu uma trajetória marcada pelo compromisso incansável com a valorização dos trabalhadores(as) e pela defesa de uma educação pública de qualidade, crítica e emancipadora. Foi um militante ativo nas lutas sindicais, era coordenador da pasta dos aposentados do Sintepp, atuou com protagonismo nos grêmios estudantis, nos conselhos sociais de liberação e em diversos espaços formativos da juventude.



Ao longo de sua trajetória profissional, exerceu com dedicação as funções de professor de Sociologia, gestor escolar e coordenador pedagógico. Deixou sua marca nas escolas São Félix, Paulo Umbelino, Dr. Inácio de Sousa Moita, Felipa Serrão Botelho e Profª Salomé Carvalho, entre outras, sempre com firmeza, humanidade e compromisso ético com a formação das novas gerações.



A educação pública de Marabá perde hoje um grande lutador. E nós, do SINTEPP, perdemos um companheiro fraterno, cuja história seguirá presente em nossas memórias e lutas.



Solidarizamo-nos com familiares, amigos, ex-alunos e to

da a comunidade escolar neste momento de dor.


LUIZ, PRESENTE!


SINTEPP – Subsede Marabá

13 de maio de 2025

quinta-feira, 1 de maio de 2025

1º DE MAIO - DIA DA TRABALHADORA E DO TRABALHADOR



Companheiras e companheiros,

Neste 1º de Maio, Dia da Trabalhadora e do Trabalhador, saudamos cada profissional da educação da rede pública de ensino do Estado do Pará, da rede municipal e estadual, que dedicam sua força de trabalho à construção de uma educação pública, laica, democrática e socialmente referenciada.

Somos parte da classe que tudo produz, mas que historicamente tem que lutar para conquistar cada direito. E não é diferente para nós, profissionais da educação. Mesmo diante do adoecimento, da sobrecarga, dos baixos salários, da precarização e do desrespeito que insistem em tentar nos calar, seguimos em marcha, conscientes do nosso lugar na luta de classes. Porque sabemos: não há transformação sem RESISTÊNCIA COLETIVA.

Em Marabá, nossa categoria se mostra aguerrida, combativa e incansável. Enfrentamos os ataques à educação com organização e coragem. Defendemos o direito à escola pública para as filhas e filhos da classe trabalhadora, mas também exigimos respeito, valorização, salários dignos e condições de trabalho para quem educa.

Neste dia simbólico, reafirmamos nosso compromisso com a LUTA COLETIVA. Dizemos SIM ao nosso instrumento de organização e resistência: o Sindicato das Trabalhadoras e dos Trabalhadores em Educação Pública do Estado do Pará – SINTEP. Um sindicato de luta, classista e autônomo que há mais de 40 anos no chão da escola e nas ruas tem enfrentado governos de todos os matizes ideológicos, sempre ao lado da classe trabalhadora.

O tempo é de enfrentamento, mas também de esperançar. Porque enquanto houver exploração, haverá rebeldia. E enquanto houver consciência, haverá luta.


Tatiana Alves dos Santos

Coordenadora-Geral do SINTEP – Subsede Marabá