quinta-feira, 26 de março de 2015

NÃO HÁ ACORDO, A GREVE CONTINUA POR TEMPO INDETERMINADO


Apesar da tentativa do secretário estadual de educação Helenilson Pontes usar a mídia vendida da capital para tentar desqualificar o nosso movimento de greve, a categoria segue a luta entendendo que até o presente momento não houve nenhuma proposta da parte do governo que possa finalizar o movimento paredista. 
Em entrevista a uma emissora de rádio, o secretário afirma que o movimento de greve não foi deliberado pelos professores, mas é uma decisão única e exclusivamente da coordenação do Sintepp. Segundo ele, nossa greve é na verdade um movimento nacional ao qual aderimos, pois, no entender dele os professores da rede estadual de ensino do Pará não tem motivos para greve. Quando questionado pela pauta de aumento do piso salarial, Helenilson disse que a afirmação de que o estado do Pará não paga o piso salarial é uma questão de "ponto de vista". O secretário deixou claro que no seu entendimento o piso salarial corresponde "ao valor que o professor leva para casa no final do mês" e "não ao salário base" como é aceito em todo o resto do Brasil. 
De forma maldosa, o senhor Helenilson Pontes faz uma confusão entre o que é o piso e o que é o teto salarial. Ao afirmar que no Pará o professor inicia com um salário de 3,6 mil reais, e que por isso já paga mais que o piso, o secretário tenta não só desqualificar nossa reivindicação, como também jogar a opinião pública contra os profissionais do magistério. Isso mostra a falta de seriedade desse senhor com os professores, que lutam para garantir o direito de receber o reajuste salarial concedido pelo governo federal. 
Com relação a lotação e redução da jornada de trabalho, com consequente redução salarial, o secretário afirmou ter recebido "carta branca" do governador Simão Jatene para "corrigir os erros existentes na Seduc". Helenilson culpa os professores pela bagunça que sempre foi a rede estadual de ensino, por isso quer penalizá-los e mostrar serviço ao seu patrão, o Simão. O descumprimento do acordo feito durante a greve de 2013, no qual a jornada seria reduzida de forma gradual até o ano de 2017, para não causar impacto no orçamento dos professores que hoje estão, na sua maioria, com aulas excedentes, que ele chama de horas-extras, mostra bem o peso do chicote que o senhor Helenilson Pontes tem nas mãos. 
Essas e outras posições intransigentes do governo só tem servido para causar mais revolta na categoria e alimentar o espírito aguerrido daqueles que assumem a profissão de educador. 
Aqui em Marabá, realizamos hoje uma grande paralisação em frente a 4ª URE. Contamos com a presença de alunos da Escola Anísio Teixeira, os quais confeccionaram cartazes de protesto contra o governo. Estiveram presentes ainda, professores vindos do município de Itupiranga para reforçar o movimento aqui em Marabá. 
A nossa programação para amanhã, sexta-feira, dia 27, sofreu uma pequena alteração. Estaremos concentrados, a partir das 9 horas, no semáforo da Cidade Nova, na avenida Nagibe Mutran para fazer panfletagem. Esperamos contar com a presença de todos os companheiros da Rede Estadual de Ensino. Na tarde de hoje, estaremos afixando nas escolas as faixas com os seguintes dizeres: REDE ESTADUAL EM GREVE A CULPA É DO JATENE

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